A diástase abdominal pode ser um dos motivos de baixa autoestima para a mulher. O principal fator que leva a isso é a gravidez, mas o problema pode ser intensificado por outras condições — inclusive, homens também podem apresentar diástase.
O abdome está localizado na região central do tronco humano. A musculatura abdominal é formada por três músculos de cada lado: oblíquo interno, oblíquo externo e transverso. Na linha alba — rafe que desce verticalmente na linha média do abdome, desde a parte inferior do tórax até o púbis —, são observados os músculos reto abdominal e piramidal.
O conjunto de músculos abdominais é fundamental para a manutenção postural e a capacidade de locomoção do ser humano. O reto abdominal também tem importante função na respiração forçada, na sustentação da massa visceral, na flexão do tronco, na flexão lateral da coluna e na estabilização da cintura pélvica. Portanto, é uma musculatura necessária para a funcionalidade dinâmica e estática do corpo humano.
A diástase consiste no afastamento do músculo reto abdominal, sendo evidenciada por uma distensão do abdome devido à lacuna que se forma entre os dois feixes. Conforme o local exato do distanciamento muscular, classifica-se a diástase como:
Quando apresenta até 3 cm, a diástase abdominal é definida como fisiológica e pode retornar, espontaneamente ou com exercícios físicos, às condições pré-gravídicas. Separações maiores que isso podem se tornar prejudiciais à saúde da mulher, chegando a interferir em funções como postura, evacuação, continência urinária e contenção visceral.
Gestação e parto são as maiores causas de diástase abdominal. Isso ocorre porque, durante a gravidez, o corpo da mulher passa por mudanças diversas para se adaptar ao desenvolvimento do feto.
As alterações biomecânicas incluem o estiramento da musculatura do abdome, marcado, principalmente, pelo afastamento do reto abdominal. Isso significa que os dois feixes musculares, separados pela linha alba, se afastam para permitir a expansão do útero — os hormônios da gravidez, como estrogênio e relaxina, têm participação nesse processo.
Depois do parto, é possível que os músculos retornem à sua posição normal após algumas semanas, assim como ocorre no processo de involução do útero e no reposicionamento de outros órgãos abdominopélvicos. Entretanto, em parte dos casos, não há o retorno completo da musculatura, caracterizando a Diástase dos Músculos Retos Abdominais (DMRA).
O estiramento da musculatura do abdome também pode acontecer no período expulsivo do trabalho de parto, devido ao esforço intenso que a parturiente precisa fazer. Ainda, o risco de desenvolver a diástase pode ocorrer nas primeiras semanas do pós-parto, período em que os músculos abdominais estão enfraquecidos.
Os fatores que aumentam o risco de desenvolver uma diástase abdominal mais pronunciada são:
Os homens também podem ter diástase abdominal, embora seja mais comum nas mulheres. As principais causas masculinas desse problema incluem:
A diástase abdominal se manifesta, com mais frequência, na região umbilical ou supraumbilical. O sinal mais evidente é uma protusão na linha central do abdome, que fica mais evidente quando a pessoa realiza algum movimento para contrair ou tensionar os músculos abdominais.
Os demais sinais, sintomas e consequências da diástase podem incluir:
A diástase é diagnosticada pelo exame físico. Em alguns casos, é visível a linha que separa a musculatura do reto abdominal, mas a confirmação é feita por técnicas de palpação.
A paciente se deita em decúbito dorsal (de costas), o profissional pressiona os dedos 2 cm acima e abaixo do umbigo e solicita a flexão do tronco para contração do abdome, como na realização de um exercício abdominal. Com esse movimento, pode-se verificar o nível de distanciamento do músculo reto abdominal, que pode ser de 2 a 10 cm.
Além do exame físico, técnicas de diagnóstico por imagem podem ser indicadas, sobretudo, ultrassom da parede abdominal (diferente do ultrassom que avalia os órgãos abdominais) e tomografia.
Exercícios hipopressivos, intervenção com cirurgia plástica e EMSCULPT são formas de tratamento da diástase abdominal.
Diástases pequenas podem melhorar com exercícios físicos, combinando atividades aeróbicas com modalidades de resistência, o que inclui ginástica abdominal hipopressiva. Pilates, eletroestimulação e radiofrequência para corrigir a flacidez cutânea moderada são alternativas de tratamentos complementares.
A cirurgia plástica é indicada para corrigir diferentes alterações abdominais: na região cutânea, é possível tratar cicatrizes, flacidez e estrias; na região subcutânea e muscular, o foco está na correção do tecido que passou por afrouxamento.
Outra forma de tratamento da diástase abdominal é o EMSCULPT, uma tecnologia inovadora e pioneira na área de estética e reabilitação muscular. É um método não cirúrgico e não invasivo que tem demonstrado resultados altamente satisfatórios no tratamento da diástase.
O EMSCULPT utiliza tecnologia eletromagnética focada de alta intensidade — High Intensity Focused Eletromagnetic (HIFEM). As placas do aparelho são colocadas na região abdominal (ou outra área do corpo a ser tratada) e geram campos de energia eletromagnética que provocam até 20 mil contrações musculares supramáximas. Efetivamente, ocorre o fortalecimento muscular e a redução da diástase abdominal.
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